Itaú registra lucro de R$ 11,5 bi no 2T25 com alta de 14,3%

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Por Jhonatan Santos

O Itaú Unibanco (ITUB4) divulgou resultados sólidos para o segundo trimestre de 2025, com lucro líquido recorrente gerencial de R$ 11,5 bilhões. O valor representa crescimento de 14,3% em relação ao mesmo período de 2024.

Os números superaram as expectativas do mercado, que projetavam lucro de R$ 11,3 bilhões segundo estimativas da LSEG. O banco mantém posição de liderança no setor financeiro brasileiro.

O desempenho reflete a estratégia consistente da instituição em meio ao cenário econômico nacional. Os resultados foram anunciados na noite de terça-feira (5 de agosto).

Rentabilidade supera concorrentes

O retorno sobre patrimônio líquido (ROE) anualizado alcançou 23,3%, superior aos 22,4% registrados no segundo trimestre de 2024. O indicador também cresceu ante os 22,5% do primeiro trimestre deste ano.

A rentabilidade do Itaú superou significativamente seus principais concorrentes. O Santander Brasil apresentou ROE de 16,4%, enquanto o Bradesco registrou 14,6% no mesmo período.

Nas operações exclusivamente brasileiras, o ROE do banco atingiu 24,4%. O resultado demonstra a eficiência operacional da instituição no mercado doméstico.

Margem financeira apresenta crescimento robusto

A margem financeira totalizou R$ 31,177 bilhões, comparado a R$ 27,665 bilhões no segundo trimestre de 2024. O crescimento anual foi impulsionado pelo aumento da carteira de crédito.

Na comparação trimestral, houve avanço de R$ 30,322 bilhões para os atuais R$ 31,177 bilhões. A margem com clientes cresceu 15,4% ano a ano e 3,1% no trimestre.

Por outro lado, a margem com mercado apresentou queda de 38,8% na comparação anual. No trimestre, a redução foi de 7,1%, refletindo mudanças nas condições de mercado.

Carteira de crédito mantém expansão controlada

A carteira de crédito atingiu R$ 1,4 trilhão, com crescimento de 7,3% em relação ao segundo trimestre de 2024. A expansão demonstra apetite controlado por risco da instituição.

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O índice de inadimplência acima de 90 dias permaneceu estável em 1,9%. Entre 15 e 90 dias, houve melhora de 0,1 ponto percentual na comparação trimestral.

A qualidade dos ativos se mantém em patamares saudáveis. O controle rigoroso da inadimplência sustenta a rentabilidade do banco no longo prazo.

Receitas diversificadas garantem estabilidade

A receita de prestação de serviços ficou praticamente estável, com alta de apenas 0,1% ano a ano, totalizando R$ 11,3 bilhões. O resultado trimestral mostrou crescimento de 1%.

As operações de seguros apresentaram desempenho mais expressivo, com crescimento de 14% ano a ano, alcançando R$ 3,2 bilhões. No trimestre, o avanço foi de 7,5%.

A diversificação das fontes de receita fortalece a resiliência do modelo de negócios. O banco reduz dependência excessiva de uma única linha de produtos.

Solidez de capital em níveis confortáveis

O índice de Basileia consolidado prudencial subiu para 16,5%, comparado a 15,7% no final de março. O indicador permanece bem acima dos níveis mínimos regulamentares.

O índice de capital nível I atingiu 14,6%, enquanto o capital principal ficou em 13,1%. Os níveis demonstram robustez financeira da instituição.

O índice de eficiência consolidado chegou a 38,8%, ligeiramente acima dos 38,1% registrados em março. O indicador reflete a gestão de custos operacionais.

Estratégia de inovação e transformação digital

O CEO Milton Maluhy Filho destacou a solidez da estratégia corporativa em comunicado oficial. Segundo ele, o banco demonstra capacidade de crescer com consistência e gerar valor.

O executivo mencionou o lançamento do Itaú Emps, que combina tecnologia, eficiência operacional e relacionamento com clientes. A iniciativa representa parte da transformação digital em curso.

A inovação tecnológica permanece como pilar estratégico fundamental. O banco investe continuamente em soluções digitais para melhorar a experiência do cliente.

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Rede física em processo de otimização

O Itaú encerrou junho com 2.738 agências e postos de atendimento bancário. O número representa redução ante as 2.795 unidades de março e 3.021 estabelecimentos em junho de 2024.

A diminuição da rede física acompanha tendência setorial de digitalização. Os clientes migram progressivamente para canais digitais de atendimento.

A otimização da rede presencial permite redução de custos operacionais. Os recursos são redirecionados para investimentos em tecnologia e inovação.

Perspectivas para os próximos trimestres

Os resultados do segundo trimestre confirmam a trajetória consistente do Itaú Unibanco. O banco mantém posição de liderança no sistema financeiro nacional.

A combinação entre crescimento controlado da carteira e gestão rigorosa de riscos sustenta a rentabilidade. A diversificação de receitas adiciona estabilidade ao modelo de negócios.

O cenário econômico brasileiro permanece desafiador, mas o banco demonstra capacidade de adaptação. A estratégia de longo prazo privilegia crescimento sustentável e criação de valor para acionistas.

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