Golpe do toque fantasma preocupa usuários de cartões no Brasil

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Por Jhonatan Santos

A popularização dos pagamentos por aproximação trouxe conveniência, mas também abriu espaço para golpes sofisticados. Um dos mais recentes, conhecido como toque fantasma, já chegou ao Brasil e preocupa especialistas em segurança digital. O esquema explora a tecnologia NFC para roubar dados de cartões de crédito e débito, resultando em compras não autorizadas.

Como funciona o golpe

O criminoso se apresenta como representante de um banco ou operadora de cartão, induzindo a vítima a baixar um aplicativo falso. Após a instalação, o golpista solicita que o cliente aproxime o cartão do celular, momento em que o token de segurança do NFC é capturado. Com esse dado, é possível realizar transações em maquininhas próximas sem que o titular perceba. Segundo levantamento citado pelo Money Times, o Brasil concentra 47% dos bloqueios desse golpe, à frente de países como Índia, China e Espanha.

Variações e riscos adicionais

Em alguns casos, quando o cartão é roubado fisicamente, criminosos também utilizam celulares equipados com aplicativos maliciosos para coletar dados por aproximação. Mesmo sem senha, podem ser realizadas compras dentro do limite de transações permitidas, dificultando a detecção da fraude. A situação se agrava quando a senha é obtida, permitindo movimentações de maior valor e até transferências.

Diferença para outros golpes

Embora semelhante ao chamado “golpe da mão fantasma”, o toque fantasma possui particularidades. No primeiro, o fraudador instala um trojan bancário que permite acesso remoto ao celular da vítima. Já no segundo, são usados dois celulares, um para capturar o token NFC e outro para executar compras, sem necessidade de controle direto do aparelho do cliente.

Como se proteger

Especialistas em cibersegurança recomendam medidas simples que reduzem significativamente os riscos:

  • Desconfiar de pedidos inesperados de instalação de aplicativos ou fornecimento de dados por telefone.
  • Baixar apps apenas em lojas oficiais, como Google Play Store e Apple App Store.
  • Verificar sempre a autenticidade das ligações e mensagens recebidas, retornando pelos canais oficiais da instituição.
  • Monitorar frequentemente extratos e faturas para identificar movimentações suspeitas.
  • Ativar notificações de transações para acompanhar em tempo real todas as operações feitas com o cartão.
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Perspectivas e recomendações

A chegada do golpe do toque fantasma reforça a necessidade de educação financeira e digital para consumidores brasileiros. Bancos e instituições já ampliam investimentos em sistemas de monitoramento antifraude, mas a atenção do usuário continua sendo peça-chave na prevenção. No futuro, especialistas preveem que avanços em criptografia e autenticação biométrica poderão reduzir os riscos, mas até lá a conscientização será fundamental.

Fontes confiáveis:

  • Money Times
  • Banco Central do Brasil
  • Federação Brasileira de Bancos (Febraban)
  • CERT.br – Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil

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